Simplificar a gestão das relações humanas

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DISC & HOSPITALITY

Simplificar a gestão das relações humanas

A human resources director da Grapes Hospitality, empresa que detém marcas como The Yeatman Hotel, Restaurante Barão de Fladgate e Douro River Táxi, explica como o método DISC torna a gestão das relações humanas uma tarefa mais simples, transparente e orientada.

Maria João Oliveira, da Grapes Hospitality

Texto: Redação «human» (com o apoio de PowerCoaching)

Sendo detentora do «Certificado Oficial do International DISC Institute» INTERDISC, de que forma esta certificação é importante para a sua vida profissional e pessoal?

Esta certificação proporciona a utilização de uma ferramenta que nos permite analisar, concluir e dar feedback acerca de comportamentos variados que se podem, de certa forma, padronizar, gerando perfis com traços predominantes em determinadas características da pessoa face ao meio que a envolve. Ora, esta possibilidade tem o poder de nos fazer compreender melhor o outro, em qualquer contexto, seja profissional ou pessoal.

Daí que poder utilizar este método nas nossas equipas permite esta compreensão dos perfis de colaboradores e uma melhor gestão destes no sentido do objetivo que se pretende alcançar na organização. Afinal, trata-se de organizações, compostas por pessoas, com um propósito de negócio – o negócio só se concretiza se as pessoas se desenvolverem com essa finalidade. Perceber a que combustível estas pessoas se movem numa determinada direção, e como as mesmas se conseguem relacionar umas com as outras apesar das suas diferenças, é o que o DISC nos proporciona.

A mesma lógica se aplica num âmbito pessoal, em que esta, entre aspas, manipulação saudável pode conduzir a relações humanas mais respeitosas, equilibradas e pacíficas.

Em suma, com o DISC, gerir relações humanas torna-se uma tarefa mais simples, transparente e orientada, desmistificando-se alguns preconceitos que se desenvolve em relação às pessoas, transformando-os em ideias mais claras, que nos permitem lidar melhor com o outro. O DISC permite-nos, na realidade, desenvolver a empatia que temos dentro de nós.

Quais são os desafios que as empresas têm pela frente, na retenção e no desenvolvimento do talento dos seus colaboradores?

São muitos. Gerações diferentes aproximam-se e a tendência, crescente, é visível: procuram bem-estar, rapidez, evolução na carreira, estímulo tecnológico, variedade, sustentabilidade ambiental, missão, etc. Tudo gira à nossa volta de uma forma acelerada, gerando constrangimentos ao nível do que não é possível acelerar: o desenvolvimento de competências, que apenas acontece com o decurso do tempo, com muito treino e com comportamentos que ajudam a consolidar o perfil, a função, o sucesso. As gerações anteriores podem dar um grande contributo a este nível: da demonstração de que a solidez de qualquer profissional vem com o tempo e com o treino.

O maior equilíbrio entre as gerações anteriores e as novas gerações pode revelar-se muito saudável na tentativa de reter e desenvolver pessoas. O desafio permanecerá, contudo, nas organizações, logo há que fomentar as práticas que vão ao encontro do que as pessoas valorizam e valorizarão no futuro.

Independentemente da evolução nesta matéria e nas práticas, o reconhecimento e a valorização genuína do mérito e do desempenho de cada um pelas chefias, a vários níveis, será sempre uma das melhores formas de reter o colaborador na organização, atendendo à valorização do ego que cada indivíduo, de forma mais ou menos consciente, carrega dentro de si.

Como diretora de recursos humanos de uma das mais prestigiadas empresas do seu sector, como lhe parece que o DISC pode ajudar a sua organização?

Como referi na primeira resposta, poderá ajudar a conhecer melhor os perfis dos nossos colaboradores, de forma a melhor conseguirmos geri-los, com o objetivo da organização, que é, no nosso caso, vender o melhor serviço de restauração, hotelaria e bem-estar aos clientes que nos visitam.

De forma estruturada, poderemos utilizar esta ferramenta para melhor servir o interesse da empresa, assim como o dos próprios colaboradores, que poderão ter uma melhor perceção de si próprios e dos outros.